O escritor Juan
José Millás nasceu na Espanha, na cidade de Valência, em 1946. Quando tinha
seis anos de idade mudou-se com seus pais para Madrid, onde permaneceu por toda
a vida. Começou a estudar Filosofia na Universidad Complutense de Madrid, porém
desistiu. Trabalhou como administrativo, pois sobrava mais tempo para
dedicar-se à escrita e à leitura. Com vinte e dois anos casou-se pela primeira
vez e teve seu primeiro filho.
Suas
primeiras obras foram extremamente influenciadas por Júlio Cortázar e pelo
Experimentalismo (movimento poético surgido no início da década
de 1960). O seu segundo livro, Cerbero son las sombras (1975),
foi premiado com o Prêmio Sésamo, o que lhe abriu as portas da crítica. Graças
a um entusiasta membro do júri, Juan García Hortelano, pôde depois
publicar Visión del ahogado (1977) e El jardín vacío (1981)
na famosa editora Alfaguara. Publicou em seguida Papel mojado (1983),
uma encomenda de uma editora de literatura juvenil, que foi, e continua a ser,
um sucesso de vendas.
Após esses livros, surgiu sua mais
famosa obra: El desorden de tu nombre (1987), pelo qual recebeu
o Prêmio Nadal. Com isso, começou a colaborar com a imprensa,
atingindo um enorme êxito, dada a sua grande imaginação e sua enorme dedicação
aos desfavorecidos. Em 1987, teve seu segundo casamento, com Isabel Menéndez,
psicóloga, com quem teve o seu segundo filho. Em 2006 escreveu um livro intitulado Laura e Julio, o qual tornou-se
famoso por tratar de assuntos polêmicos como falsa identidade e mudanças de
personalidade.
Sua numerosa obra literária é caracterizada
pela introspecção psicológica e por qualquer instante do cotidiano pode ser
transformado num acontecimento fantástico. Foi assim que criou um gênero
literário pessoal, o “articuento”, no qual uma história cotidiana
se transforma, por obra da imaginação, numa maneira de ver a realidade sob um
ponto de vista crítico. Os seus artigos publicados à sexta-feira no El
País alcançaram um grande número de seguidores pela sutileza e pela
originalidade da sua maneira de abordar os temas da atualidade, assim como pelo
seu grande compromisso social e pela qualidade do seu estilo. As suas obras
estão traduzidas em vinte e três línguas, entre as quais: inglês, francês,
alemão, português, italiano, sueco, dinamarquês, norueguês e holandês.
Você encontra Millás na Ilha! Não
deixe de conferir.
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