quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Autores Pelo Mundo - Parte 6: ESPANHA






O escritor Juan José Millás nasceu na Espanha, na cidade de Valência, em 1946. Quando tinha seis anos de idade mudou-se com seus pais para Madrid, onde permaneceu por toda a vida. Começou a estudar Filosofia na Universidad Complutense de Madrid, porém desistiu. Trabalhou como administrativo, pois sobrava mais tempo para dedicar-se à escrita e à leitura. Com vinte e dois anos casou-se pela primeira vez e teve seu primeiro filho.
Suas primeiras obras foram extremamente influenciadas por Júlio Cortázar e pelo Experimentalismo (movimento poético surgido no início da década de 1960). O seu segundo livro, Cerbero son las sombras (1975), foi premiado com o Prêmio Sésamo, o que lhe abriu as portas da crítica. Graças a um entusiasta membro do júri, Juan García Hortelano, pôde depois publicar Visión del ahogado (1977) e El jardín vacío (1981) na famosa editora Alfaguara. Publicou em seguida Papel mojado (1983), uma encomenda de uma editora de literatura juvenil, que foi, e continua a ser, um sucesso de vendas.
Após esses livros, surgiu sua mais famosa obra: El desorden de tu nombre (1987), pelo qual recebeu o Prêmio Nadal. Com isso, começou a colaborar com a imprensa, atingindo um enorme êxito, dada a sua grande imaginação e sua enorme dedicação aos desfavorecidos. Em 1987, teve seu segundo casamento, com Isabel Menéndez, psicóloga, com quem teve o seu segundo filho. Em 2006 escreveu um livro intitulado Laura e Julio, o qual tornou-se famoso por tratar de assuntos polêmicos como falsa identidade e mudanças de personalidade.
Sua numerosa obra literária é caracterizada pela introspecção psicológica e por qualquer instante do cotidiano pode ser transformado num acontecimento fantástico. Foi assim que criou um gênero literário pessoal, o “articuento”, no qual uma história cotidiana se transforma, por obra da imaginação, numa maneira de ver a realidade sob um ponto de vista crítico. Os seus artigos publicados à sexta-feira no El País alcançaram um grande número de seguidores pela sutileza e pela originalidade da sua maneira de abordar os temas da atualidade, assim como pelo seu grande compromisso social e pela qualidade do seu estilo. As suas obras estão traduzidas em vinte e três línguas, entre as quais: inglês, francês, alemão, português, italiano, sueco, dinamarquês, norueguês e holandês.
Você encontra Millás na Ilha! Não deixe de conferir.

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