Lya Fett Luft nasceu em 1938
em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Filha de descendentes
germânicos aprendeu o alemão e desde cedo gostava de ler. Com onze anos
decorava poemas de Goethe e Schiller. Estudou em Porto Alegre, onde se formou
em Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica.
Em 1963, casou-se com Celso Pedro Luft, de quem adotou o nome. O
casal teve quatro filhos. Seus primeiros poemas, escritos nessa época, foram
reunidos no livro “Canções do Limiar” (1964). “Fruta Doce”, seu segundo livro
de poemas, foi lançado em 1972. Entre 1970 e 1982, trabalhou como professora de
Linguística na Faculdade Porto-Alegrense. Em 1975 obteve o grau de mestre em
Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e em
1978 em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Nesse mesmo ano, lança sua primeira coletânea de contos “Matéria
do Cotidiano”. Em 1980 publica seu primeiro romance “As Parceiras”. Em 1985,
separada do marido passa a viver no Rio de Janeiro, com o escritor Hélio
Peregrino. Em 1992, quatro anos após a morte de Hélio, Lya voltou a viver com
Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.
Em 1996, seu livro de ensaios “O Rio do Meio” foi considerado a
melhor obra de ficção do ano, recebendo o Prêmio da Associação Paulista de
Críticos de Arte. Em 2013, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia
Brasileira de Letras, com a obra “O Tigre na Sombra” (2012), eleita a melhor
obra de ficção de 2012 na categoria romance. E também, durante sua carreira
trabalhou para editores traduzindo autores de língua inglesa e alemã, entre
eles, Virgínia Woolf, Herman Hesse e Thomas Mann. Lya Luft foi colunista do
Correio do Povo.
Seu último livro “A Casa Inventada”, publicado em 2017, e vários
outros títulos da autora, podem ser encontrado na Ilha das Letras.
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