terça-feira, 29 de maio de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 22: SRI LANKA


O autor Philip Michael Ondaatje nasceu na cidade de Colombo, Sri Lanka, em 1943. Sua família possui muitas origens, sendo elas tâmil, cingalesa, portuguesa e neerlandesa. A mesma, em 1954 mudou-se para Inglaterra, fazendo com que em 1962 o autor se naturalizasse canadense.
Quando completou 19 anos começou a freqüentar a Universidade de Toronto e a Universidade de Queen. Sempre se sentiu atraído pelo oeste norte-americano e este carinho tornou-se inspiração para uma das suas mais conhecidas obras, “As Obras Completas de Billy the Kid”.
Além deste, escreveu diversos outros livros, os principais são “O paciente inglês”, que deu origem ao filme “The English Patient”, e também "Bandeiras Pálidas" e "Buddy Bolden’s  Blues".
Além dos livros, escreve poesia e prosa musical, sendo elas uma mistura de mitos, histórias, jazz e memórias. Poeta e romancista ganhou diversos prêmios, como o Booker Prize, Canada Australia Prize e Canada Governor General’s Award.
O autor esteve no Brasil em 2005 para participar da Feira Literária Internacional de Parati.
Você encontra a obra de Ondaatje na Ilha das Letras!

segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Mundo Necrófilo de Gabrielle Wittkop



Gabrielle Ménardeau nasceu em Nantes na França em 1920. O pai de Gabrielle possuía uma grande biblioteca onde ela desfrutava livremente da leitura. Aprendeu sozinha a ler aos quatro anos de idade. Logo já estava lendo os clássicos franceses: - "Assim que aprendi a ler, tive a sensação inesquecível de poder absoluto".

Naturalmente, ela começou a escrever, e seu pai liberal lhe pagou cinco francos pelo primeiro manuscrito, quando ela tinha oito anos. 
Aos 20 anos já tinha lido muita coisa, com especial predileção pelo século XVIII. Até então, a França estava em guerra e ela não publicou nada por muitos anos.
Durante a Ocupação, ela conheceu em Paris um desertor alemão que escondeu dos nazistas, Justus Wittkop, com quem acabou casando em 1966. Wittkop era homossexual, cerca de 40 anos mais velho que Gabrielle.
Com o final da Guerra, em 1946, mudou-se para a Alemanha, onde escreveu seu primeiro livro, em alemão, ETA Hoffmann em Selbstzeugnissen und Bilddokumenten ("ETA Hoffmann: Auto Revelações e documentações de imagens"), em 1966. Nesse período também escreveu diversos artigos para revistas e jornais,
De sua adolescência bissexual em diante, Gabrielle se deliciava com o excesso sexual e desenvolvia uma aversão saudável à humanidade. Ela aprendeu o arrebatamento da solidão e se opôs totalmente a qualquer tipo de "consciência social". 
- "Meu pai declarou que a escola era um lugar onde as crianças eram forçadas a conformidade antinatural pelos imbecis cujo habitat natural é a sala de aula". Ele não incentivou a filha a ser "sociável".
Essas atitudes de livre-pensamento para com a vida também foram estendidas por ela para a contemplação irônica da morte, doença e decrepitude. Assim, foi o tema de seu primeiro romance, Le Nécrophile ("O Necrófilo"), publicado em 1972.
Em alemão, ela publicou em 1985 Unsere Kleidung ("Nossas Roupas"), uma história fetichista da moda europeia que nunca foi traduzida.
Um de seus melhores romances, La Mort de C. , foi publicado em 1975, a história da morte de um turista homossexual inglês, Christopher, nos bordéis de Bombaim, uma cidade que fascinava Wittkop.
Outra cidade que conheceu bem através de pinturas e literatura e muitas visitas foi Veneza, e seu livro sobre as loucuras macabras do século XVIII em torno de seus lagos é Sérénissime Assassinatuma gloriosa evocação de desvios sexuais imorais arrebatadores e envenenamentos inventivos, publicados em 2001.
No final de sua vida, Justus Wittkop desenvolveu a doença de Parkinson, e ela tratou com simpatia sua decisão de acabar com a própria vida de uma maneira digna:
 - “Ele falou comigo sobre isso, e eu disse a ele: Sim, você deveria fazer isso! Eu tive que sair de casa no dia seguinte a negócios, e sabia o que iria encontrar quando voltasse para casa à noite. Ele não queria uma vida em uma cadeira de rodas. Seu querido amigo Ulrich estava com ele e me disse: "Sua mão não tremeu quando ele bebeu o veneno...  Espero poder fazer o mesmo um dia."
Era um sentimento que Gabrielle Wittkop preservou em sua própria maneira discreta de deixar esta vida, com seus verdadeiros sentimentos pela resolução de suas paixões necrófilas ao longo da vida.
Na cidade de Frankfurt, Alemanha, em 22 de dezembro de 2002, Gabrielle aos 82 anos, escolheu o suicídio como forma de morte.

Você encontra o exemplar em Francês de Sérénissime Assassinat nas nossas lojas ou no site ilhadasletras.com.br

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Mangás - Slam Dunk





Você sabe o que é “mangá”? 

Este nome foi dado às histórias em quadrinhos de origem japonesa. A palavra manifestou-se da junção de duas outras palavras: “man” que significa “involuntário” e “”, que significa “desenho” ou “imagem”. Portanto, literalmente: desenhos involuntários. 

Em 1814 o pintor Katsushika Hokusai lançou o primeiro encadernado contendo uma seleção de desenhos em sequência. A série, que teve 15 volumes, foi batizada de “Hokusai Mangá”. A partir daí os quadrinhos japoneses passaram a ser chamados de “mangás”, no entanto, essa denominação seria consolidada somente no Japão pós- Segunda Guerra, já nos anos 1950, com as obras de Osamu Tezuka.

Os mangás são famosos por seus personagens diferentes, esguios e de olhos grandes. Outra característica peculiar, é que deve ser lido de trás para frente, da direita para a esquerda. Quase sempre em preto e branco, os traços são bem diferentes das HQ’s ocidentais. 

Slam Dunk - Takehiko Inoue
 
Mergulhar numa história de um mangá é uma experiência única e pensando nisso, trouxemos uma sugestão de uma das séries mais adoradas deste gênero: o “Slam Dunk” de Takehiko Inoue. 

A história fala sobre um time de basquete da escola secundária japonesa Shōhoku. O mangá foi serializado na revista Weekly Shōnen Jump de 1990 até 1996, com os capítulos compilados em 31 volumes e publicados pela editora Shueisha. Ele foi adaptado em uma série de anime produzido pela Toei Animation que foi transmitido em todo o mundo, conquistando de muita popularidade especialmente no Japão, e vários outros países asiáticos e da Europa. 

Em 2012, Slam Dunk atingiu 120 milhões de cópias vendidas somente no Japão, se tornando um dos mangás mais vendidos da história. Inoue depois usou o basquete como tema central em dois títulos de seus mangás subsequentes: Buzzer Beate e Real. Em 2010, Inoue recebeu elogios especiais da Associação de Basquetebol do Japão por ajudar a popularizar o basquete no Japão. 

Venha na Ilha das Letras e confira todos os mangás disponíveis.