terça-feira, 27 de março de 2018

Walter Benjamin




Walter Benjamin nasceu em 1892, em Berlim, na Alemanha. Filho de Emil Benjamin e Paula Schönflies Benjamin que eram comerciantes de produtos franceses foi criado com bases judaicas. Em sua adolescência, abraçado aos ideais socialistas participou do Movimento da Juventude Livre Alemã, colaborando com a revista do movimento. Nesta época já se pôde notar influência de Nietzsche em suas leituras e escritas.
Em 1919, defende tese de doutorado, “A Crítica de Arte no Romantismo Alemão”, que foi aprovada e recomendada para publicação.  Em 1925, Benjamin constatou que a porta da vida acadêmica estava fechada para ele, tendo a sua tese de livre-docência, “Origem do Drama Barroco Alemão”, sido rejeitada pelo Departamento de Estética da Universidade de Frankfurt.
Associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Bertolt Brecht, como pelo místico judaico Gershom Scholem. Conhecedor profundo da língua e cultura francesas traduziu para o alemão importantes obras como “Quadros Parisienses” de Charles Baudelaire e “Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust. O seu trabalho, combinando ideias aparentemente antagônicas do idealismo alemão, do materialismo dialético e do misticismo judaico, constitui uma grande contribuição original para a teoria estética.
Entre as suas obras mais conhecidas, contam-se  “A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica” (1936), “Teses Sobre o Conceito de História” (1940) e a monumental e inacabada “Paris, Capital do século XIX”, enquanto  “A Tarefa do Tradutor” constitui referência incontornável dos estudos literários.        
Em 1940, ano da sua morte, Benjamin escreve a sua última obra, considerada por alguns como o mais importante texto revolucionário desde Marx; por outros, como um retrocesso no pensamento benjaminiano: as “Teses Sobre o Conceito de História”.
Walter Benedix Schönflies Benjamin foi um ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão e você encontra obras selecionadas na Ilha das Letras, como por exemplo, livros importados da série “Selected Writings” e o ". Vem conhecer!

terça-feira, 13 de março de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 20: ESLOVÁQUIA



O autor Sándor Márai nasceu em 1900 na cidade Kassa, na Eslováquia. Atualmente a cidade se chama Košice e é a segunda maior cidade do país. Filho de um advogado e uma professora, foi viver em Frankfurt na Alemanha em 1919. Um ano depois começou a trabalhar como jornalista. Quando completou seus 24 anos, escreveu seu primeiro romance. 
Em 1945 foi eleito membro na Academia Húngara de Ciências. Inconformado com o regime comunista em seu país saiu num auto-exílio e mudou-se para Budapeste. Márai sempre escreveu em húngaro e produziu a maior parte de suas obras no período entre 1928 e 1948. Pagou um alto preço por suas opiniões contrárias ao regime comunista.
Num momento, em que era muito respeitado por todos em seu país e estimado, como um dos maiores escritores da Hungria, toda sua obra foi proibida e Sándor Márai caiu no esquecimento, exceto junto dos emigrantes húngaros, no Ocidente, que continuaram a publicá-lo. Márai foi sempre um crítico inconformado com a ascensão do comunismo. Considerava a liberdade de pensamento fundamental para que o homem possa conquistar respeito e conhecer a felicidade.
Em 1968 depois de passar um tempo em PalermoItália, mudou-se para San Diego onde viveu até suicidar-se em 1989. O suicídio de Sándor Márai talvez possa ser compreendido ao se levar em conta todos os anos de esquecimento a que foi submetido pelo regime e pela falta de liberdade que tanto criticou a vida toda.
Sua literatura já foi comparada com a obra de Thomas Mann, um dos maiores escritores alemães do século XX e a de Gyula Krúdy, autor húngaro de obra extensa e muito querido em toda Hungria e Europa.  Tendo escrito mais de sessenta livros, sendo os mais famosos: “De Verdade”, “As Brasas”, “Rebeldes”, dentre outros... Alcançou grande sucesso na Hungria, foi um grande romancista, poeta e cronista das sutilezas da memória, escritor e jornalista. Sándor Márai pode ser definido como um verdadeiro amante dos valores morais e civis.
Em 1990, recebe postumamente o Prêmio Kossuth.
Você encontra obras de Márai na Ilha das Letras!

terça-feira, 6 de março de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 19: ARGENTINA



Roberto Godofredo Christophersen Arlt nasceu em 1900, em Buenos Aires, na Argentina. Filho de um descendente alemão e de uma descendente italiana passou a infância no bairro portenho de Flores.

Desde muito jovem trabalhava como pintor e ajudante de livraria. Porém em 1916 inseriu-se no meio literário através da sua nova carreira como jornalista. Neste mesmo ano publicou seu primeiro conto, chamado “Jehová” e em 1926 surge seu primeiro romance “El Juguete Rabioso”, o qual foi considerado ponto de partida para a literatura argentina contemporânea. Inaugurou o gênero de contos policiais na Argentina com o livro “Un Argentino entre Gangsters” que no Brasil recebeu o nome de “Armadilha Mortal”.

A sociedade argentina da época, marcada por conflitos ideológicos e de classe, além de uma crise econômica iminente fez com que a literatura de Arlt abrisse espaço para fortes análises,  que consequentemente, foram refletidas em suas histórias.

Trabalhou como correspondente do jornal El Mundo e com isso produziu diversas crônicas sobre suas viagens para Espanha, Chile, Brasil, Marrocos, entre outros... Apesar de escrever com muito domínio sobre âmbito argentino, foi elogiado por suas crônicas e contos sobre outros lugares.

Faleceu em 1942 devido a problemas cardiovasculares, porém suas obras inspiraram pessoas como Júlio Cortázar, Roberto Bolaño e Ricardo Piglia.
Não perca a oportunidade de conhecer este autor. Venha na Ilha das Letras!