quarta-feira, 20 de junho de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 24: CANADÁ


 
A autora Miriam Toews nasceu em Steinbach, uma das dez províncias do Canadá. Filha de Melvin C. Toews e Elvira Loewen,  teve outras duas irmãs. Desde pequena participava de competições provinciais, tais como corridas e adestramentos com cavalos. Quando completou seus 18 anos, mudou-se para Montreal e posteriormente para Londres. Entretanto, estabeleceu-se em Winnipeg, aonde vive até os dias atuais.
Formou-se bacharel em Estudos de Cinema pela Universidade de Manitoba e também bacharel em Jornalismo, pela Universidade de King’s College. Toews escreveu seu primeiro romance, “Verão de Minha Incrível Sorte” (1996), enquanto trabalhava como jornalista freelancer. O romance, que explora a amizade em desenvolvimento de duas mães solteiras em um complexo habitacional público de Winnipeg, desenvolveu-se a partir de um documentário que Toews estava preparando para a  Rádio CBC sobre o tema das mães que necessitavam de assistência social.
Além deste, escreveu diversos outros livros, sendo os mais conhecidos:  “Uma Bondade Complicada” e “Todos os Meus Sofrimentos”. O livro “Uma Bondade Complicada” venceu o maior prêmio literário no Canadá em 2004.
Infelizmente seu pai e sua irmã mais velha suicidaram-se um após o outro. Fato que influenciou muito em sua escrita. Após seu pai falecer, escreveu um livro de memórias em homenagem a ele, intitulado: “Swing Low: A Life”. O livro foi saudado como um clássico na literatura moderna sobre doenças mentais e ganhou o Prêmio Alexander Kennedy Isbister de não-ficção e o Prêmio Livro do Ano McNally Robinson.
Atualmente Miriam tem 54 anos, segue escrevendo e dando aulas nas universidades onde se formou.
Você encontra a obra de Miriam Toews na Ilha das Letras.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

John Hersey

John Hersey nasceu em 1914, em Tietsin, na China. Filho dos missionários Roscoe e Grace Hersey, voltaram aos Estados Unidos quando ele completou dez anos. Durante sua juventude, cursou na escola Hotchkiss School e sua faculdade cursou em Yale. Fez pós-graduação em Cambridge. Sempre muito dedicado, em 1937 começou a trabalhar na revista Time.
Cobriu a Segunda Guerra Mundial e as guerras da Europa e Ásia, como jornalista. Seus artigos foram publicados pelas revistas Time, The New Yorker e Life. Neste período, escreveu três livros: "Men on Bataan", "Into the Valley", e "A Bell for Adano".
Todas as suas obras foram bem recebidas, mas nenhuma tão bem quanto “Hiroshima”. Neste livro, escrito para a revista The New Yorker, falou sobre os efeitos da bomba atômica derrubada na cidade japonesa em 1945. Inicialmente como artigo, contou sobre as vidas de seis vítimas do bombardeio, e após isso, publicou como livro.
Escreveu também um romance com um gráfico informativo sobre o desenvolvimento e destruição do maior gueto judeu em Varsóvia, ambientado durante o Holocausto. E ganhou notoriedade também em seu artigo sobre a estagnação de leitores de escola secundária em uma edição de 1954 da Time. Este foi a inspiração para o filme “The Cat in the Hat”.
“A Bell for Adano”  ganhou o Pulitzer Prize for the Novel em 1945. Hersey também é conhecido pela sua pseudo-crônica, “A Single Pebble”, sobre um engenheiro americano jovem que atravessa Yangtze rio acima. Ele também escreveu o romance The Wall (1950) que dá um gráfico informativo do nascimento, desenvolvimento e destruição do Gueto de Varsóvia, o maior gueto judeu estabelecido pela Alemanha Nazista durante o Holocausto.
Hersey era o Mestre da Pierson College, uma das doze faculdades residenciais na Yale University, de 1965 a 1970. Ele lecionou em dois cursos de escrita, em literatura de ficção e não-ficção, para estudantes universitários.
O professor, autor e jornalista, John Hersey, morreu em casa em Key West, Flórida, no dia 24 de março de 1993. Ele passou sua vida com sua esposa, Barbara, suas cinco crianças, e seis netos.
Você pode conhecer a obra de Hersey na Ilha das Letras!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 23: URUGUAI



Juan Carlos Onetti nasceu em 1909, em Montevidéu, no Uruguai. Filho de um descendente Irlandês, Carlos Onetti que era funcionário em uma alfândega, e sua mãe, Honoria Borges, descendente de uma família aristocrata do Rio Grande do Sul.
Foi casado com duas primas, seu primeiro casamento aconteceu em 1930, com Maria Amalia Onetti, no qual teve um filho. Em 1933 separou-se dela e casou com outra prima, Maria Julia Onetti, com quem fica até 1945. Após esses dois casamentos, casa-se mais duas vezes.
Onetti não chegou a completar o ensino médio, porém sempre apresentou uma excelente escrita.  Em 1955 publica seu primeiro livro “A Vida Breve” e desde essa época suas obras possuíam uma escrita original e inovadora.
Possui mais de 15 livros publicados e é chamado em seu próprio país de “padrinho oculto e inquietante da literatura latino-americana do século 20”. Criou em suas histórias uma cidade fictícia “Santa Maria” e foi um grande precursor da ficção em seu país.
Em 1962 recebe o Prêmio Nacional de Literatura do Uruguai. Em 1975 mudou-se para Madrid, onde morou até seus últimos dias. Em 1980 foi galardoado com o Prêmio Cervantes de literatura.
Além de seus livros de ficção, escreveu muitos contos. E utilizando das palavras de Irineu Franco Perpetuo, da Folha da São Paulo, Onetti possuía “um mundo individual e peculiar [...]” e sua obra era “pouco de pitoresco e muito de pessimismo” o que fez com que suas histórias não atingissem um público muito vasto.
Em 30 de Maio de 1994, Juan Carlos Onetti morre em uma clínica de Madrid.
Na Ilha das Letras, você encontra uma excelente seleção dos contos de Onetti. Uma ótima forma para se aproximar dessa referência da literatura ibero-americana.


terça-feira, 29 de maio de 2018

Autores Pelo Mundo - Parte 22: SRI LANKA


O autor Philip Michael Ondaatje nasceu na cidade de Colombo, Sri Lanka, em 1943. Sua família possui muitas origens, sendo elas tâmil, cingalesa, portuguesa e neerlandesa. A mesma, em 1954 mudou-se para Inglaterra, fazendo com que em 1962 o autor se naturalizasse canadense.
Quando completou 19 anos começou a freqüentar a Universidade de Toronto e a Universidade de Queen. Sempre se sentiu atraído pelo oeste norte-americano e este carinho tornou-se inspiração para uma das suas mais conhecidas obras, “As Obras Completas de Billy the Kid”.
Além deste, escreveu diversos outros livros, os principais são “O paciente inglês”, que deu origem ao filme “The English Patient”, e também "Bandeiras Pálidas" e "Buddy Bolden’s  Blues".
Além dos livros, escreve poesia e prosa musical, sendo elas uma mistura de mitos, histórias, jazz e memórias. Poeta e romancista ganhou diversos prêmios, como o Booker Prize, Canada Australia Prize e Canada Governor General’s Award.
O autor esteve no Brasil em 2005 para participar da Feira Literária Internacional de Parati.
Você encontra a obra de Ondaatje na Ilha das Letras!

segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Mundo Necrófilo de Gabrielle Wittkop



Gabrielle Ménardeau nasceu em Nantes na França em 1920. O pai de Gabrielle possuía uma grande biblioteca onde ela desfrutava livremente da leitura. Aprendeu sozinha a ler aos quatro anos de idade. Logo já estava lendo os clássicos franceses: - "Assim que aprendi a ler, tive a sensação inesquecível de poder absoluto".

Naturalmente, ela começou a escrever, e seu pai liberal lhe pagou cinco francos pelo primeiro manuscrito, quando ela tinha oito anos. 
Aos 20 anos já tinha lido muita coisa, com especial predileção pelo século XVIII. Até então, a França estava em guerra e ela não publicou nada por muitos anos.
Durante a Ocupação, ela conheceu em Paris um desertor alemão que escondeu dos nazistas, Justus Wittkop, com quem acabou casando em 1966. Wittkop era homossexual, cerca de 40 anos mais velho que Gabrielle.
Com o final da Guerra, em 1946, mudou-se para a Alemanha, onde escreveu seu primeiro livro, em alemão, ETA Hoffmann em Selbstzeugnissen und Bilddokumenten ("ETA Hoffmann: Auto Revelações e documentações de imagens"), em 1966. Nesse período também escreveu diversos artigos para revistas e jornais,
De sua adolescência bissexual em diante, Gabrielle se deliciava com o excesso sexual e desenvolvia uma aversão saudável à humanidade. Ela aprendeu o arrebatamento da solidão e se opôs totalmente a qualquer tipo de "consciência social". 
- "Meu pai declarou que a escola era um lugar onde as crianças eram forçadas a conformidade antinatural pelos imbecis cujo habitat natural é a sala de aula". Ele não incentivou a filha a ser "sociável".
Essas atitudes de livre-pensamento para com a vida também foram estendidas por ela para a contemplação irônica da morte, doença e decrepitude. Assim, foi o tema de seu primeiro romance, Le Nécrophile ("O Necrófilo"), publicado em 1972.
Em alemão, ela publicou em 1985 Unsere Kleidung ("Nossas Roupas"), uma história fetichista da moda europeia que nunca foi traduzida.
Um de seus melhores romances, La Mort de C. , foi publicado em 1975, a história da morte de um turista homossexual inglês, Christopher, nos bordéis de Bombaim, uma cidade que fascinava Wittkop.
Outra cidade que conheceu bem através de pinturas e literatura e muitas visitas foi Veneza, e seu livro sobre as loucuras macabras do século XVIII em torno de seus lagos é Sérénissime Assassinatuma gloriosa evocação de desvios sexuais imorais arrebatadores e envenenamentos inventivos, publicados em 2001.
No final de sua vida, Justus Wittkop desenvolveu a doença de Parkinson, e ela tratou com simpatia sua decisão de acabar com a própria vida de uma maneira digna:
 - “Ele falou comigo sobre isso, e eu disse a ele: Sim, você deveria fazer isso! Eu tive que sair de casa no dia seguinte a negócios, e sabia o que iria encontrar quando voltasse para casa à noite. Ele não queria uma vida em uma cadeira de rodas. Seu querido amigo Ulrich estava com ele e me disse: "Sua mão não tremeu quando ele bebeu o veneno...  Espero poder fazer o mesmo um dia."
Era um sentimento que Gabrielle Wittkop preservou em sua própria maneira discreta de deixar esta vida, com seus verdadeiros sentimentos pela resolução de suas paixões necrófilas ao longo da vida.
Na cidade de Frankfurt, Alemanha, em 22 de dezembro de 2002, Gabrielle aos 82 anos, escolheu o suicídio como forma de morte.

Você encontra o exemplar em Francês de Sérénissime Assassinat nas nossas lojas ou no site ilhadasletras.com.br

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Mangás - Slam Dunk





Você sabe o que é “mangá”? 

Este nome foi dado às histórias em quadrinhos de origem japonesa. A palavra manifestou-se da junção de duas outras palavras: “man” que significa “involuntário” e “”, que significa “desenho” ou “imagem”. Portanto, literalmente: desenhos involuntários. 

Em 1814 o pintor Katsushika Hokusai lançou o primeiro encadernado contendo uma seleção de desenhos em sequência. A série, que teve 15 volumes, foi batizada de “Hokusai Mangá”. A partir daí os quadrinhos japoneses passaram a ser chamados de “mangás”, no entanto, essa denominação seria consolidada somente no Japão pós- Segunda Guerra, já nos anos 1950, com as obras de Osamu Tezuka.

Os mangás são famosos por seus personagens diferentes, esguios e de olhos grandes. Outra característica peculiar, é que deve ser lido de trás para frente, da direita para a esquerda. Quase sempre em preto e branco, os traços são bem diferentes das HQ’s ocidentais. 

Slam Dunk - Takehiko Inoue
 
Mergulhar numa história de um mangá é uma experiência única e pensando nisso, trouxemos uma sugestão de uma das séries mais adoradas deste gênero: o “Slam Dunk” de Takehiko Inoue. 

A história fala sobre um time de basquete da escola secundária japonesa Shōhoku. O mangá foi serializado na revista Weekly Shōnen Jump de 1990 até 1996, com os capítulos compilados em 31 volumes e publicados pela editora Shueisha. Ele foi adaptado em uma série de anime produzido pela Toei Animation que foi transmitido em todo o mundo, conquistando de muita popularidade especialmente no Japão, e vários outros países asiáticos e da Europa. 

Em 2012, Slam Dunk atingiu 120 milhões de cópias vendidas somente no Japão, se tornando um dos mangás mais vendidos da história. Inoue depois usou o basquete como tema central em dois títulos de seus mangás subsequentes: Buzzer Beate e Real. Em 2010, Inoue recebeu elogios especiais da Associação de Basquetebol do Japão por ajudar a popularizar o basquete no Japão. 

Venha na Ilha das Letras e confira todos os mangás disponíveis.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Lya Luft


Lya Fett Luft nasceu em 1938  em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Filha de descendentes germânicos aprendeu o alemão e desde cedo gostava de ler. Com onze anos decorava poemas de Goethe e Schiller. Estudou em Porto Alegre, onde se formou em Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica.

Em 1963, casou-se com Celso Pedro Luft, de quem adotou o nome. O casal teve quatro filhos. Seus primeiros poemas, escritos nessa época, foram reunidos no livro “Canções do Limiar” (1964). “Fruta Doce”, seu segundo livro de poemas, foi lançado em 1972. Entre 1970 e 1982, trabalhou como professora de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense. Em 1975 obteve o grau de mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e em 1978 em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 
Nesse mesmo ano, lança sua primeira coletânea de contos “Matéria do Cotidiano”. Em 1980 publica seu primeiro romance “As Parceiras”. Em 1985, separada do marido passa a viver no Rio de Janeiro, com o escritor Hélio Peregrino. Em 1992, quatro anos após a morte de Hélio, Lya voltou a viver com Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.

Em 1996, seu livro de ensaios “O Rio do Meio” foi considerado a melhor obra de ficção do ano, recebendo o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2013, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, com a obra “O Tigre na Sombra” (2012), eleita a melhor obra de ficção de 2012 na categoria romance. E também, durante sua carreira trabalhou para editores traduzindo autores de língua inglesa e alemã, entre eles, Virgínia Woolf, Herman Hesse e Thomas Mann. Lya Luft foi colunista do Correio do Povo.

Seu último livro “A Casa Inventada”, publicado em 2017, e vários outros títulos da autora, podem ser encontrado na Ilha das Letras.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Julia Quinn


Julia Quinn, pseudônimo de Julie Pottinger, nasceu em 1970 em Nova Iorque. No seu último ano da faculdade de História da Arte (Harvard), Quinn começou seu trabalho como romancista. Quando se formou na graduação, sentiu que não sabia muito bem o que fazer com seu diploma e após isso, iniciou uma graduação de medicina pela Yale School. Durante este período - onde tentava se encaixar - foi escrevendo seus livros. Porém, cada vez mais apta para a escrita, abdicou do curso para se dedicar integralmente aos seus romances. 

O primeiro livro que escreveu foi negado por uma editora, mas isso não à fez desistir. Tanto que atualmente, seus livros batem recordes de vendas a cada lançamento, tendo vendido cerca de 10 milhões de cópias apenas nos EUA. Neste país, por exemplo, apenas a série Os Bridgertons (sua mais famosa obra) vendeu aproximadamente 3,5 milhões de exemplares. Seus livros também foram traduzidos para 26 idiomas e são normalmente lançados em séries de dois ou mais volumes. 

Julia Quinn considera-se uma feminista e dá a suas heroínas qualidades feministas que não são necessariamente atitudes aceitáveis da época que seus romances históricos são baseados. Seus livros são notadamente cheios de humor, com o diálogos afiados e espirituosos. Os romances são guiados pelos personagens e se desenvolvem sem os grandes conflitos externos que muitos romances apresentam. 

A maioria de seus livros é dedicada ao seu marido, Paul Pottinger, com o qual vive no Noroeste do Pacífico dos Estados Unidos.

Você encontra diversos livros de Julia Quinn na Ilha das Letras!