segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Poesia Total


Waly Salomão, "se não chegou a ser tornar tudo, foi muitas coisas", pontua Paulo Leminski. Atuando como poeta, ensaísta, letrista, articulador cultural, diretor de espetáculos, artista visual e homem público, Waly sempre encadeou sua produção literária com as diversas manifestações culturais que surgiam no Brasil entre as décadas de 1970 e 2000.
Desde Me segura qu'eu vou dar um troço (1972), seu livro de estreia, iniciado durante um episódio de confinamento no Carandiru, sua obra transmite um forte anseio pela liberdade, subvertendo qualquer rigidez de gêneros ainda vigente.

Em Gigolô de bibelôs (1983), seu segundo livro, o seguinte verso ecoa: "Tenho fome de me tornar em tudo que não sou"; e ao fim do mesmo livro: "Minha sede não é qualquer copo d'água que mata". Faminto e sedento, Waly busca abolir fronteiras e confrontar-se com os limites - entre o o eu e o outro, entre a prosa e a lírica, entre a arte e a vida.

Seus versos continuaram se reinventando ao longo dos anos 1990 e 2000, e livros como Algaravias (1996) consolidaram seu papel de expoente na vanguarda brasileira e experimentador máximo da linguagem.

Seu produção está sempre em busca do insólito e do extraordinário, vide a crianção de Sailormoon, espécie de entidade poética ou alter ego do autor, que é a um passo distinto e espelho de seu criador.

Em versos que não apenas problematizam o lugar do poeta no mundo, mas carregam o sonho (impossível?) da transfiguração, o artista camicase almeja os píncaros.

Reunida pela primeira vez em volume único, a Poesia total de Waly Salomão proporciona ao leitor uma viagem sem volta: um mergulho num processo incessante de buscas poéticas.

Na Ilha das Letras você encontra a Poesia Total de Waly Salomão:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.