terça-feira, 26 de abril de 2016

[Destaque] Salim Miguel

(foto: Marco Santiago)
Apesar de ter nascido no Líbano, em 1924, Salim Miguel é estritamente ligado à literatura catarinense. O romancista, contista e jornalista faleceu nesta sexta-feira, aos 92 anos em Brasília.

Salim Miguel chegou ao Brasil com três anos de idade. Ficou no Rio de Janeiro por um ano, mas foi em Santa Catarina que se estabeleceu. Morou em São Pedro de Alcântara, Antônio Carlos e Biguaçu.

Em 1964, foi preso sem motivo pelos militares e ficou retido no quartel da Polícia Militar por 48 dias. Lá, o escritor registrou um diário que se tornaria uma de suas obras de ficção: “Primeiro de abril: narrativas da cadeia”. O livro foi eleito em 1994 o melhor romance do ano pela União Brasileira de Escritores.

Em Florianópolis, Salim dirigiu de 1983 a 1991 a Editora da UFSC e em 1993 gerenciou a Fundação Franklin Cascaes. Em 2009, a Academia Brasileira de Letras reconheceu sua obra com o prêmio Machado de Assis.



Hoje a Ilha das Letras tem em seu acervo dois livros de crítica literária com a participação de Salim Miguel. Memória de Editor, escrito com sua esposa, a também escritora Eglê Malheiros, sobre o movimento Grupo Sul, que agitou a vida cultural de Florianópolis entre 1947 e 1958. Salim era um dos líderes do Grupo Sul.

A outra obra é organizada por Salim Miguel em parceria com Iaponan Soares, e trata da vida e obra do escritor Holdemar Menezes.

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